10 Erros comuns que os tutores cometem ao cuidar de seus cães (e como evitá-los!)

Cuidar de um cão vai além de oferecer comida e abrigo. De alimentação inadequada à falta de estímulos mentais, é preciso estar atento e proporcionar uma vida mais saudável, equilibrada e feliz para o seu pet através de cuidados adequados e atenção às necessidades específicas. Confira os erros mais comuns e como evitá-los para garantir que seu amigo tenha uma vida mais feliz.

1. Alimentação inadequada

Muitos tutores oferecem comida caseira ou industrializada sem avaliar se atende às necessidades nutricionais do cão. É essencial escolher uma ração de qualidade ou uma alimentação natural balanceada com orientação veterinária. Alguns alimentos humanos podem ser tóxicos para cães, como chocolate, cebola, uvas e alimentos com xilitol. Além disso, cada fase da vida do cão exige um tipo específico de nutrição. Filhotes precisam de mais proteínas e calorias, cães adultos necessitam de uma dieta balanceada, e cães idosos precisam de uma alimentação mais leve e com suporte para as articulações.

2. Falta de socialização

Os cães são animais sociais por natureza e precisam ser apresentados a diferentes ambientes, pessoas e outros cães para evitar comportamentos agressivos ou medrosos. A socialização deve começar desde filhote (entre 3 e 14 semanas) e continuar ao longo da vida. Se um cão cresce sem essa exposição, pode desenvolver medo excessivo ou até reatividade. Para socializar corretamente, leve o animal para passeios em diferentes ambientes, parques dog-friendly e promova encontros seguros com outros cães em ambientes controlados.

3. Pouca atividade física

Cada raça canina tem um nível de energia diferente. Raças como Border Collie, Labrador e Pastor Alemão precisam de longas caminhadas diárias e atividades intensas, enquanto outras como Buldogue Francês e Shih Tzu exigem menos esforço físico. A falta de exercícios pode levar a problemas de comportamento e saúde, como ganho de peso excessivo, ansiedade e destruição de objetos dentro de casa. Além das caminhadas, sessões de brincadeiras interativas e treinamento de obediência ajudam a manter o cão física e mentalmente estimulado.

4. Não respeitar o espaço do animal

Forçar carinho ou interação quando o cão quer ficar sozinho pode gerar estresse e até mesmo agressividade. É importante entender os sinais caninos e respeitar o seu tempo. Se o cão está se afastando, mostrando o branco dos olhos, rosnando ou com as orelhas para trás, isso é um sinal claro de que ele precisa de um momento sozinho. Todos os cães devem ter um local tranquilo na casa onde possam se retirar quando precisam de descanso.

5. Ignorar sinais de desconforto ou dor

Cães não falam, mas demonstram quando algo não está bem através de mudanças comportamentais. Fique atento a sinais como falta de apetite, letargia, coceiras excessivas, claudicação ou qualquer outro comportamento diferente da rotina. Mudanças sutis, como um cão se isolando, respirando ofegante sem motivo aparente ou lambendo excessivamente alguma parte do corpo, podem indicar problemas de saúde e devem ser investigadas por um veterinário o quanto antes.

6. Deixar a saúde bucal de lado

Muitos tutores negligenciam a escovação dos dentes dos cães, o que pode causar problemas como tártaro, gengivite, perda dentária e até infecções que afetam órgãos internos. O ideal é escovar os dentes pelo menos três vezes por semana com pasta específica para cães. Existem petiscos dentais e brinquedos específicos que ajudam na limpeza, mas eles não substituem a escovação regular. Acostume seu cão desde filhote para facilitar esse processo.

7. Falta de visitas regulares ao veterinário

Mesmo sem sinais aparentes de doença, o acompanhamento veterinário regular (pelo menos uma vez ao ano) previne problemas sérios e ajuda a manter o bem-estar do cão. Exames de rotina são fundamentais para detectar doenças em estágios iniciais, atualizar vacinas e verificar a necessidade de vermifugação. Cães idosos, acima de 7 anos, devem ter check-ups a cada seis meses.

8. Uso incorreto de produtos antipulgas e carrapatos

Aplicar medicamentos errados ou em frequência inadequada pode comprometer a eficácia do tratamento e até mesmo intoxicar o animal. Sempre siga a recomendação do veterinário quanto ao produto e dosagem apropriados para o peso e idade do seu cão. O uso contínuo desses produtos é essencial para evitar infestações que podem causar desde alergias até doenças graves como erliquiose e babesiose.

Importante!

A erliquiose é uma doença transmitida por carrapatos que afeta as células sanguíneas dos cães. Ela causa febre, letargia e problemas de coagulação. Sem tratamento, pode ser fatal.

A babesiose também é transmitida por carrapatos e ataca os glóbulos vermelhos do sangue. Provoca anemia, fraqueza e urina escurecida. Em casos graves, leva à falência de órgãos. Ambas requerem tratamento veterinário imediato.

Estas doenças são preveníveis com o uso regular de produtos antipulgas e carrapatos recomendados pelo veterinário.

9. Não proporcionar estímulos mentais

Além de exercícios físicos, os cães precisam de estímulos mentais para prevenir o tédio e problemas comportamentais. Brinquedos interativos como Kong, quebra-cabeças caninos, treinos de comandos e atividades de farejamento são essenciais para o equilíbrio mental. Raças de trabalho como Pastores e Retrievers têm uma necessidade ainda maior de desafios mentais. Dedique pelo menos 15-20 minutos diários a atividades que estimulem a mente do seu cão.

10. Castigo e punições severas

Bater, gritar ou usar colares de choque não educa o cão, apenas gera medo, ansiedade e pode piorar problemas comportamentais. O reforço positivo, com petiscos, brinquedos e elogios, é a maneira mais eficaz e humanitária de ensinar comandos e corrigir comportamentos indesejados. Treinamentos baseados em métodos aversivos podem criar cães inseguros e com tendência à agressividade reativa. Sempre utilize métodos que estimulem a confiança e o vínculo com seu cão.

Evitar esses erros ajudará a garantir uma vida mais saudável, equilibrada e feliz para o seu companheiro canino!

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